Sim, é possível ser um “locador” das suas cotas de FIIs. E o processo de aluguel de FIIs é bastante seguro, uma vez que a bolsa de valores é quem intermedia a negociação. Confira como ele funciona.
Tempo de leitura: 5 minutos Compartilhar
Por: Trinus.Co
Uma das características mais atrativas dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) é a oportunidade de gerar renda passiva, isto é, receber uma porcentagem do valor investido como rendimento.
Neste processo, existem duas formas muito comuns para os investidores: a distribuição de dividendos realizada pelos fundos ou o aluguel de FIIs – colocar suas cotas para alugar na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Sim, é possível ser um “locador” das suas cotas de FIIs. E o processo de aluguel de FIIs é bastante seguro, uma vez que a bolsa de valores é quem intermedia a negociação. Confira como ele funciona:
Existem diferentes formas de atuar na renda variável (da qual fazem parte os fundos de investimento imobiliário). Há investidores que focam no longo prazo, comprando periodicamente novas cotas e “segurando” na sua carteira. Aqui, eles vendem apenas baseados em análises de resultados, quando as perspectivas para o futuro não se mostram atrativas.
Por outro lado, há os especuladores, como os day traders, que compram e vendem ativos no curto prazo para ganhar com a volatilidade do mercado. Para esses, o objetivo não é ser um cotista e acompanhar a evolução do fundo, mas apenas verificar se as condições do mercado naquele momento (por meio de análise dos gráficos de desempenho) mostram tendência de alta ou de baixa e, assim, operam “comprados” ou “vendidos” para lucrar com a variação do preço.
É exatamente para os especuladores do mercado que querem ganhar com a desvalorização momentânea das cotas que existem os aluguéis de FIIs. Mas como isso funciona?
Ao analisar um ativo e entender que há uma tendência de baixa, o trader aluga uma cota e assume uma posição “vendida” pelo preço atual. Caso a sua previsão se confirme e a cota baixe de preço, ele a recompra pelo valor mais baixo, devolvendo a cota para o locador e lucrando com a diferença entre o valor que ele vendeu e recomprou.
Por exemplo, na abertura do pregão da bolsa, a cota de um determinado FII está com valor de R$ 100. O trader percebe uma tendência de baixa para o dia, aluga essa cota e vende. Ao longo do pregão, o valor da cota cai para R$ 90. O trader, então, recompra, devolve a cota com as taxas de operação e aluguel e lucra um pouco menos de R$ 10.
Para o locador, o risco do aluguel de FIIs é zero. Mesmo que a operação do trader não saia como planejado e ele tenha um grande prejuízo, ainda deverá ter fundos para restituir as cotas alugadas ao seu dono original. Isso é garantido pela B3, que participa ativamente do processo. Ou seja: , para quem aluga só há vantagens, pois, além de ganhar com a valorização das cotas em longo prazo e com os dividendos distribuídos pelo fundo, essa é outra maneira de conseguir rentabilizar com os FIIs.
Já para quem vende, a história é outra. Operar vendido, operação também chamada de “short”, tem um risco muito alto envolvido, uma vez é preciso ter grande experiência para fazer leituras de tendências dos gráficos com razoável nível de acerto.
Principalmente para quem está iniciando nos investimentos, o recomendável é seguir uma estratégia baseada na criação de um portfólio de investimentos focado no crescimento em longo prazo.
Não, nem todas as cotas podem ser alugadas. No site oficial da B3 há uma lista com os ativos que podem entrar nesse tipo de negócio. Além de FIIs, também há ações, BDRs e cotas de outros tipos de fundos, como ETFs. Acesse aqui para ver a lista completa.
Quer investir em um fundo imobiliário com empreendimentos nas regiões de maior crescimento do Brasil? Venha para a TG Core!
Artigos relacionados